O ator Paul Giamatti, agoniado por estar interpretando Tio Vanya na peça de Chekhov se interessa pelo tratamento.
Esse é o começo do filme Cold Souls (traduzido para o português como Eu, Ela e Minha Alma) em cartaz na 33º Mostra de Cinema de São Paulo. A direção e o roteiro são de Sophie Barthes, que inova na escolha de seu protagonista, pois Paul Giamatti interpreta ele mesmo. O personagem foi ficcionalizado, adquirindo alguns trejeitos do nova-iorquino neurótico típico de Woody Allen.
Giamatti encontra no Depósito de Almas não apenas um estabelecimento médico, mas também um comercial. Almas viraram mercadorias e assim como podem ser extraídas também podem ser transportadas para o corpo de quem quer que seja.
Assim como na maioria das atividades comerciais, o negócio das almas também encontra alternativas para burlar fiscalizações e otimizar lucros. A sofisticada clínica onde Giamatti se trata usa “mulas” para transportar almas obtidas no mercado russo, menos controlado que o americano.
Enquanto Paul andava por ai com a alma de uma poeta russa, a sua é roubada e implantada no corpo de uma aspirante a atriz, que também é a esposa do russo que controla o submundo do tráfico de almas. Orientado pela russa Nina, uma “mula” interpretada por Dina Korzun, o ator vai até a gelada São Petersburgo tentar resgatar parte dele mesmo.
O humor, simples e sutil, é um dos charmes do filme e é bem interpretado por Paul Giamatti. O ator tem talento suficiente para passa emoções sem dizer uma única palavra.
Juntando boas atuações com uma sensibilidade que se reflete no roteiro e no andamento do longa, Barthes transformou um tema que poderia ficar limitado pela frieza das ficções científicas em um filme cheio de personalidade.
Assista o trailler aqui:
Veja o filme aqui:
CINESESC 27/10/2009 – 13:30
UNIBANCO ARTEPLEX 2 04/11/2009 – 18:30
acho que foi exatamente isso que o fuser quis dizer com um bom lide. hsuahsuahsa
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