segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Diga não ao SPTV

Algumas notícias foram recorrentes nos últimos dias: a brasileira grávida de gêmeos que foi atacada na Suíça, Chris Brown resolvendo ser “macho” e batendo na Rihanna, a brasileira que não estava grávida de gêmeos, que não foi atacada na Suíça, mas que pode ser desequilibrada e as diversas histórias assustadoras sobre trotes universitários.
Por mais que eu adore toda aquela dúvida estilo infidelidade da Capitú, não discutirei aqui a sanidade de Paula Oliveira ou das autoridades suíças. Também não discutirei o quanto o Chris Brown ou a Rihanna são irritantes (não importa quem apanhou de quem), mas vou falar sobre o trote estudantil.


A tradição vem desde a Idade Média, quando os alunos novos das primeiras universidades européias não podiam assistir às aulas do mesmo cômodo que os alunos veteranos. Sobrava para eles uma espécie de vestíbulo, onde se guardavam os casacos. Além disso, suas roupas eram queimadas e seus cabelos raspados.
Em terras brasileiras, muitos pensam que o primeiro trote a realmente dar errado foi um que ocorreu há dez anos atrás, quando Edison Tsung Chi Hsueh (então calouro do curso de medicina da Usp) foi encontrado morto no fundo de uma piscina. Contudo, no ano de 1831, um calouro do curso de direito da Universidade do Recife também perdeu sua vida por causa dos abusos de seus veteranos.


Apesar de muitos levarem o sadismo aos extremos, o trote é (ou deveria ser) um momento de confraternização. Na Faculdade Cásper Líbero (palmas), os bixos voltam para casa com tinta até nos dentes, um pouquinho envergonhados (dançar o créu no meio da rua não é para qualquer um), mas sentindo-se como parte de uma instituição e de um grupo. Apesar da pose brava dos veteranos, eles também são humanos, são simpáticos com os seus bixos (na maioria das vezes) e se preocupam até com a hidratação deles (uma veterana foi avistada distribuindo copinhos de água para seus bixos). O dinheiro que os calouros conseguiram nos faróis é gasto com cerveja para todos, inclusive aqueles sujos de tinta.
Dessa maneira, todos ganham. Todo universitário gosta de cerveja de graça, de se divertir, e de fazer novas amizades. Nenhum universitário gosta de aparecer no SPTV.
Além disso, ainda existem aqueles trotes mais conscientes: doação de alimentos, de sangue e trabalho voluntário.


Há diversas maneiras de se comemorar esse período e nenhuma delas precisa incluir o SPTV.
Pois é, não gosto do SPTV. Beijos, Globo.



A foto é da Natália Russo.

3 comentários:

  1. "Também não discutirei o quanto o Chris Brown ou a Rihanna são irritantes " <<, eu posso discutir isso? :BB uhauhsauhsauhs

    então, hoje tomamos um créu na aula de "História do Brasil Contemporâneo".... parece que esse ano tivemos o trote mais violento da história da Cásper Líbero...
    Pareque que vai até ter enquete com os bixos perguntando o que eles axaram do trote... Pelo que eu conversei com eles, eles gostaram.

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  2. Me irrita mto esses universitários (detalhe: UNIVERSITÁRIOS), de faculdades boas até, vide USP, fazendo do trote um meio de humilhar e violentar uma pessoa. Me irrita mais ainda ver os meios de comunicação taxando todos s estudantes de vandalos!
    ai, prontodesabafei!

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  3. nao tenho vibe pra trotes e acho uma mancada imensa zuar cabelo de menino.. mas os bixos desse ano são cuzoes e mereceram

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